quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Existem coisas tão óbvias (...)

Fingi na Hora de Rir by Los Hermanos on Grooveshark


Existem coisas tão óbvias, mas tão óbvias, que negá-las é tão contraditório quanto questionar a graça que há entre Peter e Mary Jane. Então, vê se faz melhor essa coisa de agir como se eu não existisse.

O primeiro motivo pra isso? Sim, eu existo, não fui pra Nowhere Land ser o Nowhere Man e fazer meus nowhere plans. Estive e estou aqui, como tu bem pode ver. Admito que passei um tempo trancafiado num quarto procurando em alguma distração fazer com que o tempo passasse e curasse certos machucados. É, nem sempre funciona.

O segundo motivo? Bem, o segundo é que tu faz essa coisa de “ele não existe” muito mal mesmo. Não dá pra fingir que eu não existo catando uma oportunidade pra rondar por perto, deixando escapar comentários ou pensando alto coisas que sussurram “queria que ele soubesse disso”.

O terceiro? Não posso desaparecer do nada contigo prestando atenção no que eu digo, escuto, canto, grito, ou até mesmo calo. Desviar o olhar, corar e abaixar a cabeça ligeiramente, também aviso, não funciona!

Sim, há outras diversas razões – já que tu gosta tanto disso, “razões” – que deixam escapar o óbvio ululante, mas a principal de todas é que ainda vejo afeto nos teus olhos, e onde tem afeto tem vontade, e mesmo com esse jogo de não se conhecer, ainda consigo te fazer rir, então é óbvio mais uma vez que ainda consigo te fazer sorrir como ninguém o fez.

A propósito: a tua própria negação já é uma obviedade.

Um comentário:

  1. Massa... A negação é uma afirmação assim como não saber nada já é um saber!! Gostei...

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