Existem coisas tão óbvias, mas tão óbvias,
que negá-las é tão contraditório quanto questionar a graça que há entre Peter e
Mary Jane. Então, vê se faz melhor essa coisa de agir como se eu não existisse.
O primeiro motivo pra isso? Sim,
eu existo, não fui pra Nowhere Land ser o Nowhere Man e fazer meus nowhere
plans. Estive e estou aqui, como tu bem pode ver. Admito que passei um tempo trancafiado
num quarto procurando em alguma distração fazer com que o tempo passasse e
curasse certos machucados. É, nem sempre funciona.
O segundo motivo? Bem, o segundo
é que tu faz essa coisa de “ele não existe” muito mal mesmo. Não dá pra fingir
que eu não existo catando uma oportunidade pra rondar por perto, deixando
escapar comentários ou pensando alto coisas que sussurram “queria que ele
soubesse disso”.
O terceiro? Não posso desaparecer
do nada contigo prestando atenção no que eu digo, escuto, canto, grito, ou até
mesmo calo. Desviar o olhar, corar e abaixar a cabeça ligeiramente, também
aviso, não funciona!
Sim, há outras diversas razões –
já que tu gosta tanto disso, “razões” – que deixam escapar o óbvio ululante,
mas a principal de todas é que ainda vejo afeto nos teus olhos, e onde tem
afeto tem vontade, e mesmo com esse jogo de não se conhecer, ainda consigo te
fazer rir, então é óbvio mais uma vez que ainda consigo te fazer sorrir como
ninguém o fez.
A propósito: a tua própria
negação já é uma obviedade.
Massa... A negação é uma afirmação assim como não saber nada já é um saber!! Gostei...
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